A internet evoluiu muito na última década. O que era
apenas uma utopia em filmes de ficção científica, hoje está cada vez mais
presente em nossas vidas. Se você é internauta de longa data, deve ter
acompanhado todas as transformações do mundo digital e visto aquela conexão
lenta e chiada virar algo rápido e móvel.
Foram tantas mudanças e em tão pouco tempo que fica
difícil explicar qual veio antes ou a diferença entre uma e outra. Isso sem
falar daquelas que você nunca ouviu falar.
Para facilitar sua vida ou até refrescar sua memória, o
portal Baixaki preparou um especial sobre os diferentes tipos de conexão. Será
que você conhece todas?
Vale
lembrar que as explicações aqui apresentadas são apenas uma visão geral do
assunto e não possuem grande aprofundamento em quesitos mais técnicos. Para
mais informações sobre cada tecnologia, basta conferir os artigos sugeridos em
cada tópico.
No princípio era o fio
A internet deu seus primeiros passos a partir de cabos
e fios. Apesar de soar como algo bastante antiquado, esses tipos de conexões
ainda são amplamente utilizados, principalmente devido à alta velocidade obtida
por alguns.
Dial Modem
A famosa internet discada foi praticamente o pontapé
inicial da rede no Brasil. Apesar de ainda ser utilizada, não é mais tão
popular quanto foi no início dos anos 2000.
O motivo? A baixa velocidade. A conexão Dial Modem
alcançava, no máximo, míseros 56,6 kbps. Sem contar o irritante som que emitia
enquanto conectava e o fato de cair sempre que alguém tirava o telefone do
gancho.
Além disso, como a conexão era feita a partir de uma
ligação telefônica para a operadora, o computador precisava ficar próximo a
alguma tomada ou ao alcance do fio. Como a grande maioria dos cabos tinha
apenas 1,5m, a distância era bastante limitada. Porém nada impedia de comprar
uma extensão maior e alcançar incríveis 5 metros da tomada!
Acessar a internet até cinco vezes mais rápido do que a
conexão discada e conseguir falar ao telefone ao mesmo tempo. Por esse simples
motivo, a banda larga foi vista como a grande revolução tecnológica para muitos
internautas. E foram as conexões da família xDSL (Digital Subscriber Line, ou
linha de assinante digital) as primeiras a se popularizarem nesse sentido.
Este tipo de conexão ainda utilizava uma linha
telefônica para acessar a internet, mas conectada a um modem externo
específico, o que acabava com a necessidade fazer ligações para a operadora.
Você simplesmente pagava uma mensalidade para a empresa, que liberava o sinal
em sua residência.
A velocidade, em comparação com a internet discada, era
o paraíso: 128 kbps, no mínimo. Mas a xDLS era capaz de alcançar inimagináveis
(ao menos para a época) 24 Mbps.
Para saber mais sobre as conexões xDLS, confira este artigo do portal Baixaki.
Cabo
Você já deve ter ouvido falar de TV a cabo, certo?
Algumas empresas decidiram aliar a ela o acesso à internet. Com isso, uma linha
telefônica não era mais pré-requisito para se conectar, o que deu mais
liberdade ao usuário.
Outra grande vantagem deste tipo de conexão é a
velocidade, que varia entre 70 kbps e 150 Mbps. Além disso, a internet a cabo
facilitou a criação de redes de computadores, dividindo a conexão com múltiplas
máquinas, sem contar a distribuição sem fio através de roteadores wireless.
O problema é que a internet a cabo necessita de um
modem especial para receber o sinal via cabeamento de televisão. O aparelho é
fornecido pela própria empresa, mas se você está migrando de uma ADSL, por
exemplo, vai ficar com um modem sem utilização, devido à incompatibilidade.
Fora da tomada: a era da portabilidade
Com a correria do dia a dia, ficar preso a um desktop
para acessar a internet é algo fora de questão. Os notebooks trouxeram mais
mobilidade e abriram as portas para as conexões que dispensam a utilização de
fios e cabos. A internet wireless mostrou que a internet está em qualquer
lugar.
A mais popular
das conexões wireless é basicamente uma versão sem fio da banda larga comum,
distribuída através de um roteador especial. É por isso que são designadas como
redes, já que necessitam de uma conexão com fios para criar o ponto de acesso.
O sinal de internet é enviado a frequências que variam entre 2,4 GHz e 5 GHz e
podem alcançar até 54Mbps no raio de alguns metros.
O mais interessante é que esse tipo de conexão, antes
exclusiva dos laptops, tornou-se tão popular que vários outros equipamentos
passaram a adotá-la. É o caso de celulares, smartphones e até mesmo alguns
computadores domésticos, que adicionaram um adaptador wireless para captar o
sinal.
Quer saber um pouco mais sofre essa conexão? Então
confira o artigo “O que são redes Wi-Fi?”.
Redes ad-hoc
Se a rede Wi-Fi necessita de um ponto de acesso para
realizar a distribuição de sinal, as ad-hoc fazem com que cada computador
transforme-se em uma espécie de roteador.
Em outras palavras, é como se os PCs se comunicassem
entre si sem a necessidade que um dispositivo faça a mediação. Isso torna mais
flexível a troca de informação.
Outro ponto interessante deste tipo de conexão é que
ela não é exclusiva para computadores. Você pode conectar desde sua impressora
até criar uma rede de video games para jogos online. Um exemplo prático são
alguns games de PSP que utilizam o Playstation 3 para ativar um modo para
múltiplos jogadores.
Rádio
Você já deve ter ouvido a expressão “nas ondas do
rádio”. Tudo bem que o contexto era outro, mas ela pode ser aplicada à internet
sem nenhum problema, já que é possível conectar-se à rede através de sinais
emitidos por antenas de rádio.
A grande vantagem desta conexão é dispensar o uso de
qualquer fio ou cabo e até mesmo modems. O sinal é enviado por uma antena e
recebido por uma torre de transmissão, que é posicionada em um local
estratégico, geralmente no alto de prédios ou lugares que não ofereçam
barreiras para a onda.
Além disso, a conexão via rádio é bastante útil devido
ao seu longo alcance, o que favorece quem mora em cidades onde o sinal
telefônico ou via cabo não alcança. O único problema é que, para obter o máximo
da conexão, o sinal deve chegar à torre sem encontrar nenhum tipo de barreira,
e até mesmo chuvas podem desestabilizá-la.
A conexão
via satélite funciona de maneira semelhante à rádio, mas com a diferença de
poder ser acessada de qualquer lugar do planeta. Por conta disso, é um dos
métodos mais caros para acessar a internet. Para conectar é necessário ter dois
modems (um para envio de dados e outro para recebimento) e uma antena
específica para este tipo de sinal.
Como a distância entre o satélite e o receptor é enorme
(afinal estamos de falando de equipamentos que orbitam pelo nosso planeta), o
tempo de resposta e envio de dados é muito alto e sujeito a múltiplas
interferências. Para contornar isso, a troca de informações é feita em grandes
“pacotes”, mas com um grande intervalo entre um e outro. A velocidade fica
entre 200 e 600 kbps.
WiMax
A WiMax é, resumidamente, uma versão mais poderosa e
potente da já conhecida rede Wi-Fi, tanto em velocidade quanto em cobertura. Portanto
esqueça o raio de alguns metros de sinal. Esta conexão é capaz de cobrir uma
cidade inteira e com uma taxa de transferência de dados surpreendente.
Porém, assim como a internet a rádio e via satélite, a
WiMax também sofre com interferência, principalmente de ondas de alta
frequência, e até uma chuva diminuiria a força de ação do sinal.
Ainda assim, a conexão é uma boa alternativa para quem
mora em locais em que não existe disponibilidade de sinal banda larga, como
zonas rurais ou cidades mais afastadas, e ainda atinge um pico de 72 Mbps.
Quer saber mais sobre a conexão WiMax? Confira neste artigo.
A moda da internet de bolso
Os usuários de telefones celulares sempre desejaram
conectar-se à internet através de seus aparelhos móveis. Desde a época em que
smartphone era um telefone que sabia fazer contas e Wi-Fi um sonho distante,
diversas alternativas foram criadas e hoje em dia pode-se conferir emails ou
saber das novidades online em qualquer lugar.
WAP
A primeira grande tentativa de integrar os aparelhos
celulares à internet. A conexão WAP era uma espécie de adaptação da web, já que
só podia acessar páginas feitas especialmente para este tipo de conexão. Em
outras palavras, nada de www.baixaki.com.br. Para acessar a versão WAP do
site, você teria de entrar no WAP.baixaki.com.br.
Como o número de páginas WAP era incrivelmente menor do
que as encontradas na internet tradicional e a velocidade muito baixa, este
tipo de conexão não agradou tanto aos usuários.
Sem contar que com o crescimento do número de celulares
pré-pagos, poucos ousavam gastar seus créditos na tentativa de visualizar uma
página que deixava a desejar.
EDGE
Se a conexão WAP é a versão da internet discada para
celulares, a EDGE pode ser comparada à xDSL, guardadas as devidas proporções.
Com uma taxa de transmissão de dados de até 384 kbps, este tipo de tecnologia
já permitia que páginas da web fossem acessadas.
3G
A queridinha dos usuários de celular. Funciona de
maneira semelhante à conexão a rádio e os sinais são enviados praticamente
pelas mesmas torres que enviam o sinal de telefonia para o aparelho, o que
significa um amplo raio de alcance. Além disso, a conexão pode chegar a 7 Mbps.
LTE
Considerada por muitos a evolução do 3G, a conexão LTE
alcança velocidades inimagináveis em comparação com a tecnologia atual. Para se
ter uma ideia, ela alcança um pico de 170 Mbps! Essa velocidade supera o 3G em
mais de dez vezes e é o dobro do máximo atingido pela WiMax, sua principal
concorrente.
Para os apressadinhos de plantão, é bom saber que a LTE
ainda não é comercializada. Por mais que a tecnologia já exista, não há
previsão de lançamento de aparelhos equipados.
O que se sabe é que, assim como aconteceu com a conexão
3G, outros aparelhos, como notebooks e desktops, poderão aproveitar da
supervelocidade da LTE, já que pequenos modems serão vendidos.
Ok, Bluetooth não é um método de conexão à internet,
mas merece a menção honrosa, já que facilitou, e muito, a vida de todos nós.
Quem nunca transferiu uma música ou foto de um celular para outro através dele
que atire a primeira pedra.
O “Dente Azul” (em uma tradução literal) permite a
transmissão de dados e arquivos entre aparelhos através de sinais de rádio de
ondas curtas. O raio de alcance varia de acordo com a frequência utilizada, e
pode ser desde 1 metro (potência de 1 mW) até 100m (100 mW).
Além de celulares, diversos outros equipamentos já são
equipados com esta tecnologia. Controles de video game, como o PS3 e Wii não
necessitam mais de fios para fazerem uso desta conexão. Computadores já fazem
integração com Bluetooth e possuem até mesmo aplicativos que trabalham com a
tecnologia.
Em busca da velocidade perfeita
Essa foi uma visão bastante simplificada e ampla dos
diversos tipos de conexão existentes, seja das que já passaram, das que nos
acompanham hoje e das que ainda estão por vir.
O mais importante é que todas elas possuem um mesmo
objetivo: oferecer-nos uma internet mais rápida e prática do que a anterior.
Então vamos aproveitar e aguardar novidades ainda mais velozes.
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Fonte: http://www.tecmundo.com.br/banda-larga/3489-conheca-os-varios-tipos-de-conexao.htm